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Também conhecida como hipotensão ortostática, trauma de suspensão inerte e síndrome da cadeirinha, a síndrome da suspensão inerte é resultado das situações em que há queda e o cinto de segurança detém a queda, mantendo a pessoa suspensa no ar, sem apoio dos pés e das pernas.
As fitas do cinto (material indispensável ao trabalho em altura) comprimem o fluxo sanguíneo, impossibilitando a passagem adequada do sangue pelas veias e artérias dos membros inferiores, impedindo o correto funcionamento do sistema circulatório.
Em questão de minutos, a frequência cardíaca aumenta para tentar normalizar a circulação sanguínea. Porém, o organismo percebe que esta não é uma medida eficaz, e reduz a pressão arterial e o fluxo sanguíneo. Isto faz com que o sangue fique represado nos membros inferiores, diminuindo a quantidade de oxigênio tanto nestes membros quanto no cérebro.
O estrangulamento causado pelo cinto pode causar edemas e liberar toxinas (acidose) por isquemia leve, que pode levar a trombose venosa, insuficiência renal, embolia pulmonar e fabricação de ácidos nos músculos.
O aparecimento dos primeiros sintomas vai depender de cada organismo, geralmente, aparecem após 5 minutos de suspensão e evoluem rapidamente. Se não houver o resgate, em até 8 minutos, pode ocorrer enfarte ruptura do miocárdio, levando o colaborador a óbito. Aqui fazemos um adendo sobre este assunto: a síndrome da suspensão inerte é também conhecida como síndrome da cadeirinha não somente pela posição em que o trabalhador fica após a queda, ela também afeta bebês que ficam suspensos em suas cadeirinhas ou andadores.
A NR 35 traz medidas de prevenção e requisitos para organização do trabalho em altura:
– Este tipo de trabalho só pode ser realizado por funcionários autorizados e devidamente treinados. Os treinamentos devem durar, no mínimo, 8 horas e ter a supervisão de um técnico em segurança do trabalho;
– A empresa deve ter, obrigatoriamente, a avaliação do estado de saúde do trabalhador, que deve estar aderente ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
– A empresa é obrigada a oferecer os EPIs adequados e monitorar sua correta utilização. Ela deve, também, ter arquivado todos os documentos necessários a execução do trabalho em altura, incluindo a análise de redução de riscos;
– Os trabalhadores devem seguir as normas de segurança do trabalho implantadas pela empresa e as contidas nas diversas NRs, usar corretamente os EPIs e informar os responsáveis em caso de potenciais situações de risco.
Como um acidente envolvendo quedas é sempre grave, todos os envolvidos devem saber como agir neste tipo de situação. Técnica, equipamento e conhecimento deixa o ambiente de trabalho mais seguro e pode salvar vidas.