Entenda o que são, motivos e prazos para inspecionar

Os vasos de pressão desempenham um papel crucial em uma variedade de indústrias essenciais do nosso dia a dia, desde a petroquímica até a alimentícia.

Neste conteúdo, você vai encontrar um guia completo sobre esse tipo de equipamento, desde sua definição até as medidas de segurança e prazos para inspeções.

O que são vasos de pressão?

São recipientes especialmente projetados para armazenar fluidos sob pressões maiores do que a pressão atmosférica.

Eles podem variar em tamanho e forma, desde pequenos tanques cilíndricos até enormes esferas usadas em refinarias.

São construídos com materiais resistentes para suportar a pressão interna, e são equipados com dispositivos de segurança para evitar rupturas e vazamentos.

Quais são os tipos de vasos de pressão?

Existem vários tipos de vasos de pressão, cada um projetado para atender a requisitos específicos de diferentes indústrias. Entre as classificações mais comuns, podemos citar:

• Vasos de armazenamento – projetados para armazenar líquidos ou gases;

• Caldeiras – utilizadas para aquecer água ou produzir vapor, frequentemente encontrados em usinas de energia;

• Reatores químicos – conduzem reações químicas sob condições controladas de pressão e temperatura;

• Trocadores de calor – transferem calor entre fluidos a diferentes temperaturas.

Como são classificados os vasos de pressão?

Esses equipamentos são categorizados de acordo com:

Classe de fluido:

• Classe A – hidrogênio, acetileno, fluidos inflamáveis, fluidos combustíveis com temperatura igual ou superior a 200 °C e fluidos tóxicos com limite de tolerância ≤ 20 ppm;
• Classe B – fluidos combustíveis com temperatura menor que 200 °C e fluidos tóxicos com limite de tolerância > 20 ppm;
• Classe C – vapor de água, gases asfixiantes simples e ar comprimido;
• Classe D – todos os gases e fluidos que não estejam listados nas categorias anteriores.

Grupo de risco:

• Categoria I – PV ≥ 100
• Categoria II – 30 ≤ PV < 100
• Categoria III – 2,5 ≤ PV < 30
• Categoria IV – 1 ≤ PV < 2,5
• Categoria V – PV < 1

Qual é a importância da inspeção técnica desses equipamentos?

Quando submetidos a algum risco, vasos de pressão possuem um imenso potencial destrutivo tanto para a estrutura física da empresa quanto para os trabalhadores.

Corrosão, erosão, fadiga e outros desgastes podem ocorrer naturalmente com o tempo de uso, comprometendo a estrutura do vaso e aumentando as chances de falhas catastróficas.

Por isso, é indispensável que qualquer empresa que atue com esse tipo de equipamento siga à risca um cronograma de inspeções exigidas pelas normas vigentes.

Quais são os prazos para realizar a inspeção técnica?

Confira os prazos e critérios estabelecidos pela NR-13 para a realização de inspeções periódicas e extraordinárias:

Inspeção periódica 

Deve ser constituída por exames externo e interno, obedecendo aos seguintes prazos:

Exame externo

• Categoria I – 1 ano
• Categoria II – 2 anos
• Categoria III – 3 anos
• Categoria IV – 4 anos
• Categoria V – 5 anos

Exame interno

• Categoria I – 3 anos
• Categoria II – 4 anos
• Categoria III – 6 anos
• Categoria IV – 8 anos
• Categoria V – 10 anos

Inspeção extraordinária

• Sempre que o vaso de pressão for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa sua integridade;
• Quando o vaso de pressão for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar sua condição de segurança;
• Antes do vaso de pressão ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais de 12 meses;
• Quando houver alteração do local de instalação do vaso de pressão, exceto para vasos móveis.

Quem pode realizar as inspeções técnicas de vasos de pressão?

Tanto as inspeções periódicas quanto extraordinárias devem ser realizadas apenas por profissionais qualificados e certificados, geralmente engenheiros ou técnicos especializados em segurança de equipamentos industriais.

A pessoa responsável pela inspeção deve ter conhecimento técnico abrangente sobre vasos de pressão, regulamentos e normas vigentes, além de experiência prática na avaliação desses equipamentos.

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